(Créditos da imagem: Revista Pilates )
Natal... além do significado cristão e óbvio, um momento merecido para as famílias se juntarem e trocarem não só presentes, mas aproveitarem a companhia daqueles que serão lembrados nos anos seguintes, mesmo fisicamente ausentes.
Mas este Blog tem como objetivo, não só a ciência da Fisioterapia, mas da Saúde principalmente.
Portanto, meu objetivo com o post de hoje é elucidar para questões importantes de saúde e acidentes domésticos que podem ocorrer nesta época do ano (e ocorrem com mais frequência).
1- Manobra de Heimlich (engasgo com obstrução das vias aéreas superiores):
A Manobra de Heimlich é o melhor método pré-hospitalar de desobstrução das vias aéreas superiores por corpo estranho. Essa manobra foi descrita pela primeira vez pelo médico estadunidense Henry Heimlich em 1974 e induz uma tosse artificial, que deve expelir o objeto da traquéia da vítima. Resumidamente, uma pessoa fazendo a manobra usa as mãos para fazer pressão sobre final do diafragma. Isso comprimirá os pulmões e fará pressão sobre qualquer objeto estranho na traquéia.
Procedimento: A pessoa a aplicar a manobra deverá posicionar-se atrás da vítima, fechar o punho e posicioná-lo com o polegar para dentro entre o umbigo e o osso esterno. Com a outra mão, deverá segurar o seu punho e puxar ambas as mãos em sua direção, com um rápido empurrão para cima e para dentro a partir dos cotovelos. Deve-se comprimir a parte superior do abdomen contra a base dos pulmões, para expulsar o ar que ainda resta e forçar a eliminação do bloqueio. É essencial repetir-se a manobra acerca de cinco a oito vezes. Cada empurrão deve ser vigoroso o suficiente para deslocar o bloqueio. Caso a vítima fique inconsciente, a manobra deve ser interrompida e deve ser iniciada a reanimação cardiorrespiratória.
2- Choque anafilático (alergia à alimentos):
É uma reação alérgica sistêmica, severa e rápida a uma determinada substância, chamada alergénico ou alérgeno, caracterizada pela diminuição da pressão arterial, taquicardia e distúrbios gerais da circulação sanguínea, acompanhada ou não de edema da glote. A reação anafilática pode ser provocada por quantidades minúsculas da substância alergénica. O tipo mais grave termina geralmente em morte caso não seja tratado.
Os sintomas podem incluir estresse respiratório, hipotensão (baixa pressão sanguínea), desmaio, coma, urticária, angioedema (inchaço da face, pescoço e garganta) e coceira.
Procedimento: O chamado choque anafilático é uma emergência médica em que há risco de morte, por causa da rápida constrição das vias aéreas, que muitas vezes ocorre em questão de minutos após o início do quadro. Buscar ajuda médica imediata pode salvar preciosos minutos.
Os primeiros socorros adequados ao choque anafilático consistem em obter cuidado médico avançado imediatamente.
A ventilação assistida (uma habilidade que é parte dos procedimentos de ressuscitação cardiopulmonar) deve ser tentada se a vítima pára de respirar. Pode ser que o paciente tenha tido um episódio anterior, pelo que deve ser checado se ele está com um recipiente com epinefrina (adrenalina) para ser administrado por um leigo. A administração repetitiva de epinefrina só é perigosa se feita em rápida sucessão.
3- Queimaduras:
São lesões na pele, provocadas geralmente pelo calor ou pelo frio, mas que podem também ser provocadas pela eletricidade, por contato com certos produtos químicos, por radiações, ou até por fricção.
Procedimento: Não interessa qual a profundidade da queimadura térmica, o primeiro cuidado é o da interrupção da atividade agressiva aos tecidos orgânicos do agente agressor.
Pode ser conseguido com a utilização de água corrente na zona lesada.
Um jato fraco de água levemente morna, demoradamente usado na zona queimada é o melhor tipo de tratamento imediato para a queimadura.
Limpe a queimadura com soro fisiológico ou sabonete antisséptico e desinfete, por exemplo, com hipoclorito de sódio ou clorexidina em forma diluída e depois seque a queimadura tampando bem o ferimento.
Procure um médico.
4- Queda:
Definição: deslocamento não intencional do corpo para um nível inferior à posição inicial com a incapacidade de correção em tempo hábil, determinado por circunstâncias multifatoriais que comprometem a estabilidade.
As quedas e suas conseqüências representam um problema crescente em uma população que envelhece em uma população que envelhece. A incidência anual de quedas em idosos morando na comunidade aumenta de 25%, aos 70 anos de idade, para 35%, após os 75 anos. As mulheres caem mais que os homens, até os 75 anos, e, a partir daí, a freqüência se torna semelhante em ambos os sexos. A cada ano, quase um terço de todas as pessoas, com 65 anos de idade ou mais, caem.
Um problema sério para a classe Senior devido à inúmeros fatores (Manual de Prevenção de Quedas da Pessoa Idosa), mas também perigoso para crianças (Artigo sobre Acidentes Infantis) e adultos.
Prevenir sem dúvida é o melhor a se fazer. Mas o que fazer em casos de quedas?
Procedimento: Em caso de hemorragia, coloque luvas ou utilize um pano para manipular a vítima, coloque compressa limpa sobre o ferimento e efetue a compressão direta da lesão (caso a compressa fique encharcada de sangue, coloque outra compressa sem retirar a 1ª), eleve se possível o local do sangramento acima do nível do coração com a vítima deitada. Na persistência da hemorragia, inicie a compressão direta da artéria que irriga a região. Os principais pontos arteriais são os braquiais, femorais e temporais superficiais. Em caso de choque - posicione o paciente com as extremidades inferiores elevadas e transporte imediatamente ao hospital.
Em casos de Fraturas, luxações ou entorses, se o paciente está sob risco de morte iminente não imobilize as extremidades. Transporte o paciente alinhado sobre prancha longa ou objeto similar (prancha de surf), a prioridade no tratamento de fraturas é: Coluna vertebral / face, arcos costais e esterno / crânio / pelve / pernas / braços. A maioria das lesões ósteo-articulares não causa riscos imediatos de vida, sendo avaliadas durante o exame secundário. No entanto, freqüentemente são as lesões mais evidentes no politraumatizado, desviando a atenção do socorrista de lesões ocultas mais graves. Toda lesão de extremidades deve ser imobilizada antes do paciente ser movimentado, a menos que as condições locais ofereçam risco de vida para o socorrista ou para a vítima. Na dúvida, imobilize.
Em casos de TCE - Traumatismo Crânio Encefálico - Observar cuidados com a coluna cervical: Estabilizar manualmente a cabeça e o pescoço, controlar hemorragias, exame de consciência - AVDI (ALERTA, VOZ, DOR, INCONSCIENTE), verificar se há sangramentos via nasal (rinorragia) e pelo ouvido (otorragia). Nos casos onde ocorra vômitos, a vítima deve ser virada em bloco para o decúbito lateral de forma a preservar a imobilização da coluna cervical.
Em casos de TRM - Traumatismo Raqui-Medular - a prioridade é a imobilização da coluna cervical em posição neutra. O acidentado não deve se mover a menos que corra risco de morte iminente. Neste caso, movimentação lateral em bloco ou em prancha longa ou objeto similar (prancha de surf) mantendo sempre a imobilização cervical.
(Fontes: Emergências Traumáticas - Dr. David Szpilman , Salvamento aquático , Wikipedia - Primeiros socorros)