Pra quem estiver lendo isso, começo me explicando.
Minha "Última" postagem nesse blog foi no dia 29 de Julho de 2017... Eram outros tempo, pode-se dizer que era outra época... A nomenclatura certa seria pré-pandemia...
A vontade de manter um blog vem do desejo de sustentar alguns objetivos básicos, pode-se dizer "missões"...
- Vitrine profissional: expor em algum veículo minha vida profissional, atividade, estudos, cursos, aulas...
- Ajudar: auxiliar colegas e futuros colegas de profissão, assim como o público em geral nas demandas relacionadas a saúde e qualidade de vida...
- Esclarecer: explicar com links e materiais sobre os mais variados temas, as particularidades da profissão de fisioterapeuta e tudo que a cerca... Inclusive as partes "chatas" que não estão tão evidentes...
Enfim...
Aconteceram tantas coisas nesse período que manter esse blog não tem tanto sentido. É um registro escrito de algumas coisas que não conseguiria manter no Instagram, por exemplo... Mas a internet e a paciência das pessoas para leitura está cada dia menor. Acabo me comunicando com poucos, e se for um conteúdo raso, faço pouca diferença.
Tenho constantemente me atualizado profissionalmente e pessoalmente, porém, é mais difícil manter a atualização digital quando se tem que manter 2 filhas pequenas, as quais quero ajudar a se desenvolverem o máximo possível.
Por isso, é capaz que esse blog se torne um diário eventual, e quê as minhas missões citadas anteriormente sejam concentradas em uma só rede, podendo sim, se expandir no futuro...
Dando sequência nos possíveis assuntos que ajudam muito na vida dos fisioterapeutas, hoje vou indicar também outro blog que vai ajudar muito a vida do Fisioterapeuta Empresário.
Como o próprio site/blog diz, ele contém "Ensinamentos para autonomia profissional".
Eles abordam e assuntos que infelizmente não estão na faculdade e tampouco conseguimos colegas que saibam informar com 100% de certeza, como a série sobre Contratos, Entidades de Classe e dicas motivacionais.
Também direcionam para outros portais assuntos como Notas Fiscais, FGTS e "Tá caro Dr!"
Sugestões, críticas e elogios são sempre bem vindos, não necessariamente nessa ordem...
Olá a todos. Tudo bem?
Obrigado sempre pela audiência nesse humilde blog, que busca somente expor algumas idéias e ajudar ao máximo quem busca ajuda nessa caixinha mágica...
Hoje vou só descrever como foi participar de um evento como fisioterapeuta (óbvio) do esporte.
O evento foi o Oi STU Open (Oi Skate Total Urbe - Open) , descrito como "A maior competição mundial de Street Skate da América Latina, válida como etapa do circuito mundial da WCS (World Cup Skateboarding) e válida para o ranking brasileiro de skate profissional da CBSK (Confederação Brasileira de Skate) e da FASERJ (Federação de Skateboard do Estado do Rio de Janeiro)".
O evento foi realizado entre os dias 25 e 30 de Abril, na Praça Duó, Barra da Tijuca, cidade do Rio de Janeiro, e contou com 224 competidores, nas categorias Open Feminino e Open Masculino.
Desde o início do evento, quando os atletas amadores e profissionais (nacionais e internacionais) faziam o reconhecimento da pista e realizavam diversos aquecimentos e testes de material e manobras, o trabalho já começa. A maioria deles se encontra em recuperação de alguma lesão ou tem dores causadas pelos treinos (uma repetição de tentativas, impacto e quedas). Alguns inclusive vinham de cirurgias de reparação, e ainda não estavam 100% recuperados, mas tinham que competir.
O trabalho era feito em uma sala com 2 macas, e utilizávamos também um colchonete com Foam Roll (rolo de espuma para auto liberação miofascial) e Bola Suíça para algumas manobras e exercícios. A necessidade de uma avaliação prévia tornava o trabalho intenso, mas muito recompensador, pois quando os atletas viam os resultados da intervenção do Fisioterapeuta, voltavam para dar o feedback e realizar novo atendimento, preventivo dessa vez. Com a quantidade de traumas e entorses de tornozelo, tínhamos também bastante gelo em nosso arsenal, com uma bacia para realizar Crio imersão nos casos mais graves. A eletroestimulação também foi utilizada em atletas que iam competir no dia seguinte, e o TENS para analgesia. Muita, mas muita terapia manual foi empregada, assim como bandagens: Bandagem Rígida, Kinesio Tape e Coban.
Fisioterapeuta Renata Christina, de camisa cinza, de olho nas manobras (tricks)
Um de nós sempre ficava no FOP (sigla para Field of Play - Campo de Jogo - área onde os atletas competem), podendo dar o primeiro atendimento, junto com uma equipe médica e de socorristas (bombeiros). Nessa hora, também podíamos nos comunicar pelo rádio, avisando ao setor o mecanismo de algum trauma, e encaminhar o atleta para ser atendido, dependendo da urgência e da hora em que ele iria competir novamente.
No final de tudo, as recompensas. Os atletas que passaram pelo setor relataram melhora de seus quadros, inclusive com alguns relatando que sem a fisioterapia, não teriam alcançado seus resultados e que provavelmente não teriam competido!
Isso motiva mais ainda para continuar estudando e aperfeiçoando técnicas e avaliações...
Cabe aqui meu agradecimento a Renata Christina (Instagram), fisioterapeuta do esporte, membro da SONAFE (Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva) e Coordenadora de Fisioterapia do evento. Muito obrigado!
Obrigado também aos atletas que confiaram no nosso trabalho!
Obrigado novamente pela atenção até aqui e espero que tenham gostado. Mandem um feedback, e aguardem mais conteúdo de utilidade pública!
Um abraço!
Olá a todos!
Pensei um pouco em assuntos diversos para escrever, e lembrei de uma ideia que tive há alguns meses: Assuntos de utilidade pública que ajudem os fisioterapeutas!
Como assim?
Existem algumas obrigações cívicas, trechos do código de ética ou simplesmente "caminhos das pedras" que alguns fisioterapeutas (inclusive eu) não estão 100% a par.
Então, resolvi fazer uma série, e ver no que dá...
Nessa primeira postagem, falarei sobre o Pré-Recadastramento Nacional. Do que se trata?
O Pré-Recadastramento Nacional é a primeira fase do Recadastramento Nacional. Meio óbvio né? Desculpem...
Como funciona?
Ao entrar no site do CREFITO ou COFFITO, o profissional preenche os seus dados em um formulário online.
Finalizada esta etapa, o profissional deverá aguardar a convocação para comparecimento na sede do Regional, que fará a emissão da nova carteira profissional.
Esse processo é obrigatório, já que de acordo com o Código de Ética, o fisioterapeuta e o terapeuta ocupacional devem manter seus dados cadastrais atualizados e são obrigados a atender as convocações do CREFITO e do COFFITO.
Por enquanto é só.
Obrigado pelo acesso e mandem algum feedback, se quiserem algum assunto específico...
Olá a todos!
Hoje vou escrever sobre a inspeção e a importância dela na prática da Fisioterapia Esportiva. Existem também algumas ferramentas que podemos utilizar para nos ajudar nessa tarefa de observar...
A importância da inspeção na Fisioterapia Esportiva é bem clara: conhecer o gestual esportivo. Postura, simetria, atitudes e mobilidade ativa são sinais que devem ser observados.
Conhecer o gestual esportivo é ESSENCIAL!
Dessa forma você não somente conhece mais do esporte em que está atuando (preventivamente ou corretivamente), mas entende as morbidades (conjunto de causas capazes de produzir uma doença / disfunção) associadas ao esporte. Exatamente porque após conhecer o gestual dito "correto" ou mais eficiente, podemos identificar os desvios e execuções precárias dos mesmos.
Não se trata somente em antever lesões. Mas, a medida que pode ser observado que um paciente / atleta tem uma assimetria durante um gesto, ou é incapaz de abduzir completamente o braço quando necessário (e isso gera uma compensação de tronco, por exemplo), o Fisioterapeuta pode atuar ativamente nessa correção, se não atrapalhar no desempenho ou função.
Em outros aspectos, quando o paciente / atleta já apresenta histórico prévio de determinadas lesões, a inspeção mais detalhada faz com que as medidas preventivas sejam aplicadas da forma e no momento corretos.
Algumas ferramentas que nos auxiliam nesse trabalho são as câmeras e os aplicativos de celular.
Nas últimas décadas, foi se tornando mais fácil o acesso a esse tipo de facilidades, uma vez que todos hoje possuem um smartphone, acabando com a necessidade de laboratórios mirabolantes para uma inspeção (embora estes sejam incríveis...).
Alguns aplicativos que conheço e que fazem bem esse papel:
Na mitologia grega Panaceia, (AO 1990: Panacéia) (ou Panacea em latim) era a deusa da cura. O termo Panacéia também é muito utilizado com o significado de remédio para todos os males.
Olá a todos! Me deparei com esse termo lendo um artigo sobre Quiropraxia, mas ele se aplica tanto a tantas outras vertentes da Fisioterapia no Brasil, que resolvi escrever sobre.
Quando fazemos um curso, temos a tendência de achar que encontramos a solução para todos os males, principalmente quando vemos resultados em situações diversas. Acredito que isso acontece porque refinamos nossos métodos de avaliação e detectamos exatamente o que aquele curso em particular quer que vejamos. Muitas vezes, uma visão empírica e sem embasamento, nos fazendo parecer curandeiros aos olhos dos pacientes.
Aí vem a queda... Quando nos deparamos com aquelas situações em que o que foi aprendido não dá resultado...
E agora? O que aconteceu? Estava dando tudo certo! 100% de satisfação! PANACÉIA!!!
Ledo engano... Como fisioterapeutas, devemos ter um arsenal atualizado para lidar com cada situação como ela se apresenta. Pensemos numa caixa de ferramentas: quando precisamos de um martelo, podemos usar uma marreta. Vai funcionar em alguns casos, mas em outros, pode entortar o prego e não vai servir para retirá-lo.
Portanto, não se iludam com a cura absoluta. Não se tornem a técnica, o método ou conceito. Sejam FISIOTERAPEUTAS... Sensíveis ao que a situação pede de vocês...
Lembrando: uma avaliação bem feita te economiza tempo e mão de obra.
Obrigado e até a próxima!
Em PBE (Prática baseada em evidências) existe um tripé que
norteia a prática clínica de todo profissional da área da saúde (ou deveria).
Não são regras ou normas de conduta, mas sim uma combinação
de resultados de pesquisas relacionados à prática clínica e ao bem estar do
paciente.
Tendo isso exposto, a mesma se torna motivo de discussões
infindáveis, uma vez que a profissão de Fisioterapeuta (vou me ater a essa, já
que é a que faço parte) se sustenta muito mais em um desses pés: a preferência ou familiaridade do paciente. Não que devamos ignorar este, mas como expus anteriormente, ele faz
parte de um tripé...
Origem: https://www.brasilsaude.org.br/
Um exemplo:
Se fosse o caso de um profissional precisar somente do trabalho como Fisioterapeuta Domiciliar para gerar renda, ele necessitaria de algo que
a graduação não ensina: habilidades em vendas (o famoso Marketing Profissional). Não se trata de
empreendedorismo, e sim de técnicas atuais de venda que fariam seu trabalho, que é comum há alguns colegas de
alguma forma DIFERENTE.
O suficiente para fazer um cliente/paciente preferir o
seu atendimento ao do colega ”concorrente”. Estou aqui usando exageros para tratar de um
tema que é real na rotina de colegas, a sobrevivência. O uso de certas técnicas ditas da moda, que tem alto índice de aceitação e pouca ou nenhuma evidência científica disponível, podem fazer a diferença nesse "mercado". Está aí a área de Estética que não me deixa mentir (Celulite! Numa visão Nerd...).
Tendo isso em
mente, e estando atualizado do que está em maior “evidência” mercadológica, o
que me resta? Seguir cegamente pesquisas que não entram em pleno acordo com a
prática clínica? Estaria eu enganando meus pacientes para ser cool ou hipster,
e assim fazer de mim uma opção de profissional?
Um exemplo disso é meu uso da bandagem KT (Kinesio Tape). Hoje, tenho
plena consciência dos artigos publicados e tento me manter o mais atual
possível em todos os assuntos, principalmente com os pesquisadores que se
provam contra determinada técnica por faltar comprovações com alto índice de
confiabilidade e metodologia aceitável.
Porém, quando explico a um paciente
que os estudos atuais não embasam o uso de determinada técnica, que comparada
com placebo ela não se destaca e que, mesmo utilizando de forma não preconizada
pelo inventor da técnica, o efeito é o mesmo de usar um micropore, o paciente
responde “eu prefiro com” ou “eu sinto diferença, pode aplicar” ou até “então
coloca esse placebo aí que eu melhoro mesmo assim”. Quem nunca fez qualquer procedimento ou manobra, simplesmente porque o próprio paciente disse que "da última vez que usei isso, melhorei muito mais rápido"?
Concluindo: Utilizar um procedimento com alta aceitação e poucos resultados práticos (quando comparados entre pacientes) não deveria ser o objetivo de ninguém. Por isso, na minha opinião, devemos sempre jogar limpo com nosso paciente e buscar aperfeiçoar os outros pés: Experiência Clínica e Melhor Evidência Disponível.
PS: Na foto, o Fisioterapeuta, Pesquisador e Professor Leo Costa, excelente profissional que ganhou notoriedade ao explicar e promover a PBE. Contudo, suas explanações sobre o uso de Kinesio Tape geraram mais visualizações... Kinesio Tape: Funciona? Não... (Vídeo no You Tube)