terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Crioterapia não é só um "gelinho"...

Olá a todos e feliz 2012.
Vamos começar esse ano falando sobre um assunto que eu acho muito pertinente. Desde a época de faculdade, as pessoas me perguntam se "é melhor gelo ou água quente" para essa ou aquela dor...
Hoje, com a quantidade de informações desencontradas pelo mundo, só posso tomar decisões e achar respostas baseado em 2 coisas: teorias e experiência. Então, explicando o efeito de cada ferramenta, podemos tomar as melhores decisões através, SEMPRE, de bom senso...


De cara, uma definição e uma explicação teórica:
Crioterapia é um grupo de diversas técnicas e procedimentos na Fisioterapia no qual se aplica baixas temperaturas em regiões locais ou gerais do corpo. Vem do grego Krios = Frio e Terapia = Tratamento.
Os efeitos fisiológicos da aplicação do frio encontrados na literatura são: anestesia, redução do calor, redução do espasmo muscular, estimulação do relaxamento, permitir mobilização precoce, melhorar a amplitude de movimento, redução do metabolismo, quebra do ciclo dor-espasmo-dor, diminuição da circulação e na inflamação, estimula a rapidez do tecido.
Age na redução da dor, do edema, da resposta inflamatória e das perturbações circulatórias através da redução do fluxo sangüíneo, devido à vasoconstricção (processo de contração dos vasos sanguíneos). Esta ocorre por um estímulo das fibras simpáticas e a diminuição da pressão oncótica (pressão osmótica gerada pelas proteínas no plasma sanguíneo) e da permeabilidade da membrana.

Existe também a teoria de que a queda da temperatura promove uma diminuição da ação muscular, devido ao seu efeito direto sobre o fuso neuromuscular, o que leva a uma redução da sensibilidade fusal e do reflexo tendinoso. Isso acarreta um aumento do limiar da dor e a diminuição da velocidade de condução nervosa que beneficiam o alongamento muscular, e em contrapartida favorece a redução da extensibilidade do tecido conectivo, proporcionando uma menor flexibilidade muscular.
No trauma e na inflamação, a terapia fria atua prevenindo o extravasamento sangüíneo, levando a uma menor quantidade de fibrinas e a uma menor síntese de colágeno, minimizando a aderência. Uma vez que a imobilização pós-trauma também contribua para o aumento da síntese de colágeno, o gelo pode atuar reduzindo o tempo de imobilização.

Há também a atuação do frio na estética justificada pela "queima de lipídios para restituir sua temperatura normal". Assim, em regiões que requeiram redução localizada de gorduras, aplica-se gel ou bandagens embebidas num líquido especial que induzam a produção de ondas frias em função da evaporação dessas substâncias. O tratamento além de não danificar a firmeza dos tecidos, provoca no organismo uma reação natural e controlada, ocasionando a redução de centímetros.

Os modos de uso são os mais diversos, incluindo panquecas/bolsas de gelo, PolarCare, Cryo Cuff, Spray frio, Game ready, entre outros...

Maiores informações:
Criofisiologia por Dra. Juliana Prestes Mancuso
Entenda Crioterapia - por Dra. Juliana Prestes Mancuso
Crioterapia para Fisioterapeutas
Portal Dor nas Costas
Artigo: O USO DA CRIOTERAPIA NAS LESÕES AGUDAS DE TECIDO MOLE
Crioterapia nas lesões Ortopédicas
ANÁLISE DE LESÃO MUSCULAR EM RATOS TREINADOS E SEDENTÁRIOS SUBMETIDOS A CRIOTERAPIA

Produtos:
Game Ready
Cryo Cuff
Ice Spray
Calminex
Polar Care

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